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Para o bom entendimento deste artigo, é importante que o leitor saiba o que é um MMORPG.

Obs.: Este artigo é praticamente um desabafo, então se eu for muito extremo, por favor aguente um pouco!

Jogar RPG pela internet sempre existiu. Qualquer programa de chat podia ser usado para usuários jogarem RPG. No entanto, logo o gênero evoluiu, e começou-se a jogar RPG via um jogo, onde existia um mundo persistente, história própria do cenário, onde você simplesmente era um personagem da história que evoluía. O jogo que popularizou o MMORPG, tanto em gênero como em nome, foi Ultima Online.

Ultima Online foi um jogo que revolucionou o cenário de RPG na internet, por causa de toda sua interatividade, inovação e conteúdo. O jogo não necessitava de um mestre, e dentro do jogo, seu personagem podia fazer uma gama incrível de coisas. Qualquer jogador de Ultima Online irá comentar sobre o jogo com um saudosismo inexistente nos comentários de ex-jogadores de MMORPGs da atualidade. Por que esta diferença? Porque nenhum outro jogo conseguiu marcar tanto quanto Ultima Online.

Ultima Online - Liberdade, skill-based e interpretação.

Ultima Online - Liberdade, skill-based e interpretação.

Após Ultima Online, começou a haver a evolução dos jogos, chegando ao estado que está hoje. No entanto, em muitos conceitos, discordo do termo evolução, preferindo o termo regressão.
Todos os jogadores de MMORPG são familiares com o termo (MMORPG), que significa, traduzido literalmente, Jogo Online Massivo de Interpretação de Personagens, mas a maioria avassaladora dos jogadores não rpesta atenção ao que realmente significa: Uma plataforma online de interação para se jogar RPG. Ultima Online foi criado para ser um cenário gráfico para as pessoas interpretarem seus personagens, e foi um dos pouquíssimos jogos onde a maioria dos jogadores estavam on-character, ou interpretando, a qualquer momento. Ultima Online foi também o jogo com a maior quantidade de servidores, piratas ou não, onde era obrigatório estar on-character a qualquer momento.

Isso que eu chamo de um assassino furtivo!

Isso que eu chamo de um assassino furtivo!

Então começou a corrida do capitalismo: Produtores de jogos perceberam que o mercado para este tipo de jogo multiplayer interativo era muito grande, e começaram a desenvolver dezenas, centenas de jogos ‘MMORPG’. À medida que os jogos eram moldados para atenderem a uma maior gama de público, o fator RPG dos jogos foi caindo drasticamente. Cada vez mais objetivos eram jogados para os jogadores, que deviam seguí-los para avançar no jogo, cada vez mais itens deviam ser coletados, equipamentos melhores sempre disponíveis para seu personagem ficar mais forte e superior aos demais. Jogar um MMORPG se resumia, então, a ter o personagem mais forte, atingir a glória era ter o melhor set de equipamentos, e o RPG foi escanteado.

Um dos aspectos que mais caracteriza o RPG em Ultima Online era o chamado corpse-loot, um termo que significa que se você é morto, você renasce em outro lugar, mas seu corpo permanesce onde você morreu, e quem quiser pode pegar tudo o que você possuía, se você não chegar antes. Isto era um aspecto completamente aceitável em Ultima Online, afinal a maioria reconhecia que em um RPG, isto era normal.
Nos jogos atuais, com os jogadores acostumados e apegados aos seus itens, o corpse-loot é uma prática inconcebível, afinal, como ter um personagem forte sem seus equipamentos? Os MMORPGs atualmente focam em levels e equipamentos, enquanto Ultima Online (e alguns outros poucos), simplesmente não tem level, e os equipamentos dão somente o que equipamentos realmente dão: proteção, e armas, ataques. Os jogos focados em gear tem equipamentos que turbinam tudo no seu personagem, sendo então uma grande perda caso haja corpse-loot.

O sumário deste artigo-desabafo é que os jogos atualmente praticamente não podem ser considerados MMORPG, e sim MMOG (ou Jogos Online Massivos), pois há pouca interpretação (se comparado ao total de jogadores) e surrealidade — se fosse de fato um RPG, você estaria sempre interpretando, a não ser alguns momentos em que precise dar uma declaração como jogador, e não personagem.

Felizmente, para os que ainda querem e gostam de jogar RPG e interpretação, farei uma pequena propaganda de um jogo que promete chegar este ano ainda, completamente subversivo e contra a maré da regressão dos MMORPGs, uma inovação e definitivamente um passo à frente no mercado de MMORPG. Para os interessados, pesquisem um pouco sobre Darkfall.

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